Revisão de Aposentadoria por invalidez para aposentados após a reforma da previdência

Schmitz Weber • 3 de novembro de 2023

A Aposentadoria por Invalidez foi criada para dar assistência financeira às pessoas que estão impossibilitadas de trabalhar. No entanto, após a Reforma da Previdência, o valor do benefício foi reduzido drasticamente. A boa notícia é que todas as pessoas que se aposentaram após a Reforma (12/11/2019), podem entrar com o pedido de Revisão de Aposentadoria. Para melhorar ainda mais, os Tribunais estão sendo favoráveis a este tipo de decisão.

Ficar impossibilitado de trabalhar é um momento muito difícil que pode desencadear em diversos outros problemas. O contribuinte precisa lidar com o sentimento de inutilidade e se depara com muitas portas fechadas. Além das adversidades físicas e psicológicas, a maior preocupação costuma ser a financeira. 

Afinal, quando você perde a capacidade para trabalhar, corre o risco de passar sérias necessidades e ficar desamparado. As preocupações aumentam mais quando a pessoa afetada é uma das provedoras da casa, pois neste caso, pode ser que crianças também fiquem desamparadas. 

Para ajudar neste momento difícil foi criada a Aposentadoria por Invalidez, que após a Reforma da Previdência, passou a se chamar de aposentadoria por Incapacidade Permanente. E as mudanças não pararam por aí, conforme veremos no decorrer desta postagem. 

Neste post você vai ver

Por que a aposentadoria por invalidez passou a se chamar aposentadoria por Incapacidade Permanente?
Como era a Aposentadoria por Invalidez antes da Reforma, e como ficou agora?
Teses para barrar a Reforma da Previdência são bem aceitas pelos Tribunais

Por que a aposentadoria por invalidez passou a se chamar aposentadoria por Incapacidade Permanente?

A aposentadoria por Invalidez mudou para um nome mais apropriado e inclusivo, agora se chama aposentadoria por Incapacidade Permanente. 


Isso acontece porque o termo inválido pode ser considerado pejorativo. Se olharmos a definição da palavra no dicionário encontramos o seguinte significado:
“que não é válido, que não apresenta os requisitos necessários para ter valor legal; nulo.”


Assim, não é justo dizer que a pessoa está anulada ou que não possui valor somente porque não consegue mais trabalhar. 


Deste modo, o termo Aposentadoria por Incapacidade Permanente foi adotado. Este termo deixa claro que a pessoa está se aposentada por não possuir mais a capacidade de exercer a função no trabalho. 


No entanto, a única mudança inclusiva da Reforma da Previdência foi esta, pois o cálculo da aposentadoria foi drasticamente modificado para pior. 


Como era a Aposentadoria por Invalidez antes da Reforma, e como ficou agora?

Antes da Reforma da Previdência a aposentadoria por invalidez era a mais vantajosa do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). 


Funcionava da seguinte forma: a pessoa recebia 100% da média de 80% dos maiores salários. Isso significa que não havia nenhum redutor para diminuir o valor da aposentadoria. 


Por exemplo, se a média de 80% dos maiores salários do beneficiado fosse R$4 mil e ele se aposentasse por invalidez, receberia os mesmos
R$4 mil de benefício. 


Isso acontecia porque o INSS entendia que o aposentado não tinha outra opção a não ser a aposentadoria, por isso, não seria justo ter uma brusca queda na renda. 


No entanto, com a Reforma da Previdência tudo mudou! 


Veja como ficou o cálculo da aposentadoria, para quem se aposentou por Incapacidade Permanente (invalidez), a partir do dia 12/11/2019. 


Agora a pessoa recebe: 60% da média de todos os salários, mais 2% para cada ano que ultrapassar os 15 anos de trabalho para a mulher e 20 para o homem. 


Vamos supor que a média de 100% de todas as contribuições de uma mulher que se aposentou por invalidez após 15 anos de contribuição, seja R$4 mil. Ela se aposentaria recebendo:
R$2400 de benefício. 


Repare que existe um estímulo para que o trabalhador siga trabalhando mesmo estando incapacitado, pois quanto mais anos a pessoa trabalhar maior será o valor do benefício, devido ao acréscimo de 2% no cálculo da aposentadoria para cada ano que ultrapassar os 15 anos de trabalho para a mulher e 2% a mais para o homem que ultrapassar os 20 anos de trabalho. 


Realmente a Reforma da Previdência piorou bastante a situação para quem já está passando por um momento muito difícil de saúde. A boa notícia é que existem Teses Jurídicas para anular as mudanças vindas através da Reforma, vamos escrever sobre uma delas. 


Tese da Inconstitucionalidade para barrar a Reforma da Previdência é bem aceita pelos Tribunais

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A Reforma da Previdência de 2019 trouxe mudanças significativas para diversos benefícios previdenciários, incluindo a pensão por morte. Neste artigo, vamos explorar em detalhes como a pensão por morte era antes e depois da Reforma. Além disso, vamos mostrar como a Revisão da Pensão pode te ajudar a receber um benefício muito mais vantajoso, em diversos casos. Por isso, se você começou a receber a pensão por morte a partir de novembro de 2019, e não está contente com o valor deste benefício, preste atenção, pois este artigo pode te ajudar. Antes da Reforma da Previdência Regras Anteriores à Reforma Antes da Reforma da Previdência de 2019, a pensão por morte seguia regras que permitiam aos dependentes do segurado falecido receberem 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou teria direito a receber. Essa regra se aplicava a todos os dependentes, independentemente de sua condição de incapacidade. Cálculo do Benefício O cálculo da pensão por morte era relativamente simples: o valor correspondia integralmente ao benefício de aposentadoria do segurado falecido. Caso o segurado não estivesse aposentado no momento do falecimento, o cálculo considerava a 80% dos melhores salários de contribuição do segurado instituidor (falecido) transcorridos entre julho/1994 e a data do óbito. A pensão por morte era paga por tempo determinado, conforme tabela progressiva de idade do dependente cônjuge ou companheiro, desde que cumprissem certos requisitos, como tempo de casamento ou união estável. Poderia também ser vitalícia, caso esse cônjuge ou companheiro contasse com 44 anos ou mais na data do óbito. Beneficiários Os beneficiários da pensão por morte incluíam cônjuges, companheiros, filhos menores de 21 anos ou inválidos, e pais que comprovassem dependência econômica. Os filhos inválidos recebiam a pensão de forma vitalícia, independentemente da idade. Após a Reforma da Previdência Novas Regras da Pensão por Morte A Reforma da Previdência, promulgada em novembro de 2019, trouxe mudanças significativas para a pensão por morte, impactando diretamente o valor e a forma de cálculo do benefício. Cálculo do Benefício Com a Reforma, o valor da pensão por morte passou a ser uma porcentagem do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou teria direito a receber. O novo cálculo prevê: 50% do valor da aposentadoria como cota familiar fixa. Adicional de 10% por dependente, até o limite de 100%. Por exemplo, se um segurado falecido tinha uma aposentadoria de R$ 4.000,00 e deixou um cônjuge e dois filhos, o cálculo da pensão seria 50% (cota familiar) + 30% (10% por cada dependente) = 80% de R$ 4.000,00, resultando em R$ 3.200,00 de pensão por morte a ser dividido entre os dependentes. Regras Específicas para Incapazes A Reforma trouxe uma regra específica para dependentes considerados incapazes, como filhos ou cônjuges inválidos. Esses beneficiários têm direito a receber 100% do valor da aposentadoria do segurado falecido. Essa regra visa garantir uma proteção financeira adequada para pessoas que não podem se sustentar por conta própria devido a sua incapacidade. Revisão de Benefícios para Incapazes O Que é a Revisão de Benefícios? A revisão de benefícios previdenciários é um processo pelo qual o beneficiário solicita ao INSS a reanálise do valor ou da concessão do benefício. No caso da pensão por morte para incapazes, a revisão pode ser solicitada para garantir que o valor correto (100%) seja concedido, conforme previsto pela Reforma da Previdência de 2019. Isso quer dizer que, caso você seja responsável por um incapaz e esteja recebendo um benefício menor do que 100% do último salário do segurado falecido, você pode entrar com o pedido de Revisão, para que o seu benefício seja ajustado. Quem Tem Direito à Revisão? A revisão pode ser solicitada por dependentes considerados incapazes, como: Filhos, cônjuges ou companheiros inválidos de qualquer idade. Procedimento para Solicitar a Revisão Reunião de Documentos : É essencial reunir todos os documentos que comprovem a incapacidade do beneficiário. Isso pode incluir laudos médicos, atestados, exames, e outros documentos que comprovem a condição de invalidez. Solicitação ao INSS : A solicitação de revisão deve ser formalizada junto ao INSS. Isso pode ser feito pela internet, através do portal Meu INSS, ou presencialmente em uma agência do INSS. Análise do Pedido : O INSS analisará o pedido e poderá solicitar perícia médica para confirmar a incapacidade do beneficiário. Essa perícia é crucial para a aprovação da revisão. Decisão : Após a análise, o INSS emitirá uma decisão sobre o pedido de revisão. Se aprovado, o benefício será ajustado para 100% do valor da aposentadoria que o segurado falecido recebia ou teria direito a receber.  Na hora de realizar a Revisão do seu Benefício é imprescindível que a documentação esteja correta, e que não haja erros nos cálculos. Por isso, a melhor escolha é sempre contar com o auxílio de um advogado, especialista em revisões, e que tenha experiência em casos envolvendo pensão por morte, após a Reforma da Previdência. Importância da Revisão A revisão de benefícios para incapazes é fundamental para garantir que os dependentes recebam o valor correto da pensão por morte, proporcionando maior segurança financeira. Com a Reforma da Previdência, essa revisão se tornou ainda mais relevante, pois as novas regras podem não ter sido corretamente aplicadas no momento da concessão inicial do benefício. A Reforma da Previdência de 2019 trouxe mudanças importantes para a pensão por morte, especialmente no que diz respeito ao cálculo do benefício. Dependentes incapazes, como filhos inválidos e cônjuges inválidos, têm direito a receber 100% do valor da aposentadoria do segurado falecido, conforme previsto pela nova legislação. A revisão de benefícios é um mecanismo essencial para garantir que esses direitos sejam respeitados e que os dependentes recebam o valor correto de suas pensões. Se você ou um ente querido se encontra nessa situação, é altamente recomendável buscar orientação jurídica e realizar a solicitação de revisão junto ao INSS para assegurar que todos os direitos previdenciários sejam plenamente garantidos. Caso queira conversar sobre o seu caso, clique no botão abaixo e converse conosco.
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